Tédio

"Sabe, esses dias em que horas dizem nada? E você nem troca o pijama, preferia estar na cama..." (trecho inicial de "Tédio", música de Biquini Cavadão)
Então, foi mais ou menos isso o jogo de hoje. Um jogo morninho, quase frio. Hummm... Aquele tempinho chuvoso, convidativo a uma soneca vespertina. Depois, um café, um pãozinho francês recém saído do forno, aquela manteiguinha derretendo... Ops! Voltemos ao jogo...
Bem, não há muito o que falar... Esparramado no sofá da sala com uma preguiça daquelas, assisti, entre uma piscadela mais longa e outra, a um jogo completamente sem emoção. Aquele ímpeto ofensivo mostrado na estreia não se repetiu. Muito pelo contrário, mostramos uma incapacidade de fazer a bola chegar no ataque em boas condições de conclusão. Em diversos momentos, lembrei das últimas atuações de 2011. Se tivesse que escolher uma palavra pra definir o Botafogo hoje, seria "APÁTICO".
Que venha o próximo jogo...

*  *  *   N   O   T   A   S   *  *  *

JEFFERSON - Pouco acionado, quase nem sujou o uniforme. Nota 6.
LUCAS - Apareceu no apoio, mas seus cruzamentos não encontraram os atacantes. Nota 6.
ANTÔNIO CARLOS - Com pouco trabalho na defesa, lançou-se algumas vezes ao ataque sem sucesso. Nota 6.
FÁBIO FERREIRA - Bem na cobertura pela esquerda, ainda ajudou nas saídas de bola. Nota 6.
MÁRCIO AZEVEDO - Dominou o seu setor e procurou chegar algumas vezes ao fundo com velocidade. Nota 6.
MARCELO MATTOS - Com pouco trabalho defensivo poderia ter ajudado mais no apoio. Nota 6.
RENATO - Lúcido como de costume, teve dificuldades na aproximação. Nota 6.
ELKESON - Mais uma vez, muita disposição e pouca técnica. Nota 5. Como no primeiro jogo, foi substituído por HERRERA que manteve o nível. Nota 5.
ANDREZINHO - Dialogou bem algumas vezes com Maicosuel, mas não conseguiu encaixar um ataque mais perigoso. Nota 6. FELIPE MENEZES entrou, mas não encontrou espaços. Nota 5.
MAICOSUEL - Ciscou muito, mas sem objetividade. Não conseguiu fazer nenhuma infiltração. Nota 6. Deu lugar a CAIO que não teve tempo pra jogar. Sem nota.
LOCO ABREU - Apagado no jogo, só apareceu reclamando da arbitragem. Nota 4.
OSWALDO DE OLIVEIRA - A expectativa era de ver um time mais solto e entrosado. Nada disso foi a campo hoje. Defensivamente, esteve a equipe esteve bem postada e não sofreu pressão. Nota 6.

Onde está Wally??

Lembram disso? Uma série, voltada para o público infanto-juvenil, que escondia o personagem Wally em ilustrações complexas, cuja proposta era a diversão em buscá-lo numa mistura de cores super detalhada. Pois é... foi disso que lembrei ao ver a nova camisa provisória do Botafogo no primeiro jogo da temporada.
Vocês notaram que o patrocício da Havoline simplesmente ficou imperceptível no uniforme? Tem tanto "Guaraviton" escrito na camisa (são 6 no total), que a marca do lubrificante parece apenas mais uma estampa do patrocinador master. Dá uma olhada aí na foto!
Mas é apenas uma observação minha. Nada demais... pelo menos pra nós. Já para a petrolífera...
 

Bom começo

Estreia de acordo com a cartilha. Assim foi o jogo de ontem num Engenhão vazio, mas com um gramado muito bom e bonito. Cerca de 8 mil torcedores foram ao estádio, "desarmados" de qualquer ressentimento do ano passado - pelo menos nas atitudes, já que não dá pra esquecer a decepção -, e empurraram o time para a vitória.
O placar final, de 3 a 1 acabou sendo pobre, diante da superioridade técnica do Botafogo sobre o Resende. A dificuldade maior, para que não se fizesse um placar mais apropriado, foi a imprecisão nas finalizações. Só isso.
O time apresentou boas alternativas de chegar ao gol adversário, com toques rápidos e velocidade pelos flancos, mas pecou justamente nas conclusões. Algumas bobeadas defensivas e na saída de jogo também foram vistas, mas passam, a meu ver, pelo mesmo problema das finalizações: falta de ritmo e confiança.
O sistema defensivo, diante do pouco trabalho, acabou se lançando à frente e foi comum vermos os laterais chegando ao fundo e o volante Renato participando frequentemente das jogadas de ataque.
O meio de campo dominou o setor, orquestrado por Andrezinho, que fez boa estreia com a camisa listrada, e Maicosuel, mostrando um futebol bastante objetivo. O ponto fraco foi Elkeson que parecia ainda carregar nas costas o peso de suas últimas atuações. Apesar do empenho, se atrapalhou diversas vezes com a bola e não conseguiu dar sequência a diversas jogadas.
No ataque, Loco Abreu marcou dois gols no seu melhor estilo. Ainda andou desperdiçando um pênalti e tentando algumas jogadas de efeito.
As substituições foram um pouco tardias, mas isso até demonstra um bom fôlego já adquirido nesse início de temporada.
Importante mesmo foi começar com vitória e jogando bem para ir construindo a confiança necessária para uma boa temporada.
Notas:
JEFFERSON - Praticamente sem trabalho, foi surpreendido pelo desvio na barreira no lance do gol. Nota 6.
LUCAS - Apoiou com desenvoltura e criou boa jogadas pela direita. Nota 7.
ANTÔNIO CARLOS - Absoluto na defesa. Nota 7.
FÁBIO FERREIRA - No mesmo nível do companheiro. Nota 7.
MÁRCIO AZEVEDO - Mostrou força e disposição no apoio. Defensivamente, cedeu alguns espaços, mas o saldo foi positivo. Deu azar na primeira chegada do Botafogo, quando a bola bateu nas duas traves e não entrou. Nota 7. LUCAS ZEN entrou no fim. Sem nota.
MARCELO MATTOS - Atuação segura e discreta. Nota 6.
RENATO - Fez bem a saída de bola e chegou bem na frente. Chutou um bola no travessão e fez linda jogada no primeiro gol. Nota 8.
ELKESON - Nervoso, não se encontrou em campo. Nota 4. Foi substituído por HERRERA que jogou com mais objetividade. Fez bela jogada no terceiro gol. Nota 7.
ANDREZINHO - Distribuiu bem o jogo e sempre se apresentou como opção aos companheiros. Sofreu o pênalti não convertido por Abreu. Nota 8. FELIPE MENEZES entrou para manter a posse de bola até o fim. Sem nota.
MAICOSUEL - Muito participativo, apresentou variação de jogadas com toques rápidos e jogadas individuais, sempre em direção ao gol. Marcou o seu num momento importante da partida, quando a torcida já começava a se preocupar com um possível tropeço. Nota 9.
LOCO ABREU - Cobrou mal o pênalti, mas compensou marcando dois gols. Nota 7.
OSWALDO DE OLIVEIRA - Apesar de ser o primeiro jogo oficial da temporada, seu time mostrou força e lucidez. Boas trocas de passe e jogadas em velocidade deram o tom do que será o Botafogo nessa temporada. Nota 8.

Remodelando

Após um frustrante fim de ano, a expectativa para a temporada, que agora se inicia, era por mudanças no futebol alvinegro. Mudancas na gestão, na comissão técnica e no elenco. Mas a reeleição do presidente Maurício Assumpção trouxe incertezas com relação a tais mudanças, principalmente em termos de gestão. Afinal de contas, por mais que eu ou você não gostemos do trabalho de Anderson Barros e André Silva, o fato é que eles são os homens de confiança do presidente.Mas alguma coisa precisava mudar... E o jeito encontrado pelo mandatáro foi criar uma tal comissão responsável pelas decisões no futebol. Num primeiro momento, me pareceu uma forma de enfraquecer o gerente de futebol e "deixá-lo à vontade" para optar por uma saída discreta. No entanto, Anderson voltou das férias, declarou que já havia trabalhado anteriormente nessa estrtura sem problemas e que, apesar da tal comissão, a decisão final continuaria sendo do departamento de futebol. No fim das contas, ficou a impressão que o intuito foi tentar dividir a responsabilidade pelos fracassos, caso ocorram.
Com ou sem mudanças efetivas na gestão alvinegra, uma decisão importante precisava ser tomada o quanto antes: escolher a nova comissão técnica. E, felizmente, foi uma decisão rápida. Talvez não uma unanimidade, mas sem dúvidas, um técnico experiente e detentor de um currículo vitorioso.
Oswaldo de Oliveira chegou bastante motivado, em parte pelo fato de estar retornando ao país após 5 anos no Japão, mas principalmente por ter a chance de dirigir um time de muita história e, ao mesmo tempo, de vanguarda, como é o Glorioso. Sua metodologia, nessa pré-temporada, vem agradando à todos. É possível perceber que é adepto dos treinamentos específicos e ensaios de jogadas. É esperar que os jogadores correspondam à nova proposta de trabalho.
Com relação ao elenco, penso que, até agora, as decisões foram acertadas. Manutenção da equipe, dispensa de alguns dos jogadores mais contestados, venda do Cortês, promoçào de jogadores da base, contratações pontuais, retorno do Jóbson e algum espaço para mudanças.
Sobre as contratações, Andrezinho foi o principal nome, apesar da minha aposta num Felipe Menezes iniciando um trabalho junto com os demais e, agora, talvez mais bem orientado. Sobre Rojas e Brinner, não tenho subsídios para opinar, mas temos que reconhecer que o chileno traz uma boa bagagem do disputado futebol sulamericano. A tentativa de trazer Marco Túlio Tanaka, achei um esforço exagerado e desnecessário. Felizmente, não vingou.
Diante desse cenário, posso dizer que minha esperança está renovada. Muita vontade de ver novamente o Fogão em campo, mostrando uma nova disposição e concentração em busca de objetivos maiores. Bem maiores...
A hora está chegando... Meu time para enfrentar o Resende: Jefferson, Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos, Renato, Andrezinho, Elkeson e Maicosuel; Loco Abreu. Meu banco: Renan, Brinner, Lucas Zen, Felipe Menezes, Cidinho e Alex.
Monte o seu. Opine!

Casa Nova

Estamos aí, turma! Um novo endereço, uma nova jornada, a mesma paixão. Depois dos últimos "retoques na decoração" - espero que apreciem o timaço aí atrás! - , considero aberto o novo espaço para os debates, as idéias, enfim tudo aquilo que gostávamos tanto de fazer  nos 3 anos de Globo Online.

Para aqueles que continuam conosco, divulguem e tragam mais torcedores pra cá. Para os novos, cheguem mais e façam desse espaço o lugar certo para comentar as notícias do nosso Fogão e, principalmente, os pós-jogos. Conto com vocês!