domingo, 28 de outubro de 2012

Entre Risos e Lágrimas

Um lindo sábado de céu azul, com muito sol e calor, emoldurou um Engenhão de gramado muito verde, para a rodada dupla alvinegra. Pra começar, o primeiro jogo do projeto "Túlio a 1000" onde o eterno artilheiro busca seus últimos 7 gols da carreira, auxiliado por uma equipe sub-23 do Botafogo. Depois, em rodada do Brasileirão, o time principal medindo forças com o lanterna do campeonado, o Atlético-GO. Tudo isso, com ingressos variando de R$10 a R$30.
Mesmo com esse cenário favorável, o público foi tímido, principalmente para o amistoso. Seria efeito das infindáveis obras no entorno do estádio que complica muito o acesso dos torcedores? Ou a falta de entusiasmo da torcida por mais uma temporada infrutífera? Sendo uma coisa ou outra, Túlio Maravilha entrou em campo cercado de crianças, correu para um lado, para o outro e, certamente, se decepcionou ao olhar para um estádio quase vazio. Foi até a beira do setor Oeste, chutou algumas bolas para os poucos presentes e foi para o jogo.
No time que acompanhou o artilheiro, foram relacionados alguns nomes que já compuseram a equipe de cima em outras ocasiões - Alex Lopes e Felipe Lima -, além do jovem atacante uruguaio Tellechea. Os mais conhecidos, soube depois, enfrentavam, também hoje, o Fluminense pela Taça OPG. Logo, Túlio foi acompanhado por um time sub-23 reserva. O desentrosamento e a pouca qualidade ficaram evidentes desde os primeiros minutos e o adversário, o Boavista, em início de preparação para o Carioca 2013, também sofria com os mesmos problemas. Mesmo assim, dominou e teve as melhores oportunidades de marcar.
O dono da festa, muito isolado, sem ritmo e limitado pelos seus 43 anos, só achou uma oportunidade clara de marcar no fim do jogo, mas esbarrou no goleiro Luiz Guilherme, cria do Botafogo que está emprestado ao time de Bacaxá. O jogo terminou 1 a 0 para o Boavista e não alterou o contador mágico do artilheiro.
Acho que o Túlio merecia um público mais expressivo e um time melhorzinho pra se apresentar. Olha aí uma oportunidade de começar a dar ritmo pro Jóbson. Cadê ele, Diretoria??
Com um público um pouco maior, que foi chegando ao longo do amistoso, o jogo principal prometia ser um programa melhor. Com o time em evolução, após a entrada de Antônio Carlos na defesa e Bruno Mendes no comando do ataque, e diante do lanterninha, a expectativa era de ver muitos gols para compensar a frustração da preliminar.
E o Botafogo fez o que tinha que fazer. Jogou bem do início ao fim, com um time equilibrado, obtendo maior posse de bola e construindo as jogadas que levariam aos 4 gols que resultaram em mais uma vitória nessa reta final. Seedorf abriu o placar, mas ainda no primeiro tempo, após cobrar um escanteio, sentiu uma lesão na parte posterior da coxa direita. O holandês deixou o campo chorando... Por que? Por ser um jogador experiente, preocupou a reação, pois dá a entender que pode se tratar de algo mais grave e que poderia deixá-lo fora dos próximos jogos.
Ainda no primeiro tempo, Dória ampliou marcando seu primeiro gol entre os profissionais. No segundo tempo, veio a goleada: Gabriel também fez o seu primeiro gol e Bruno Mendes - sempre ele! - deixou a sua marca completando a goleada. O resultado manteve o Glorioso a 8 pontos do sonhado, e cada vez mais distante, G4 e o colocou uma posição acima na tabela, superando o Vasco.
Destaques para Seedorf (enquanto esteve em campo), Lucas, Dória e, principalmente, Lodeiro. Quem conseguiu destoar foi Elkeson (substituto de Seedorf) que, com suas tentativas de firulas e jogadas de efeito, conseguiu irritar a torcida, apesar da goleada.
Huuummmm! Acho que descobri o motivo do choro do holandês...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Antes tarde do que nunca

Uma reação tardia no campeonato, é verdade. Mas agora não resta mais nada a não ser vencer seus jogos restantes e ver no que vai dar no final. Nessa rodada, por exemplo, a distância para quarta vaga diminuiu, mas continua longe. Vamos em frente, pois não adianta ficar aqui tecendo cenários possíveis (ou impossíveis).
Sobre o jogo, o Botafogo se impôs e fez valer o seu favoritismo mostrando um bom futebol, principalmente no primeiro tempo, quando criou suas melhores chances e definiu o placar do jogo em gols de Bruno Mendes e Seedorf. Aliás, que estrela tem esse garoto, hein?! Ou melhor, mais que estrela, postura de atacante. A continuar assim, não passa do Carioca 2013.
No sábado, temos um programaço no Engenhão: Botafogo X Atlético GO, com ingressos a preço promocional (entre R$10,00 e R$30,00), precedido por uma preliminar (como nos velhos tempos!) do time sub-23 capitaneado por Túlio Maravilha, iniciando a sequência de jogos em busca dos 7 gols que fecham a conta do artilheiro para o milésimo gol. Uma oportunidade e tanto de assistir dois jogos do Fogão em sequência, rever um ídolo que tem "cheiro de gol" e ainda pagar pouco por tudo isso. Lugar de botafoguense, nesse sábado, é no Engenhão. Não percam!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Um sopro de esperança

Bom dia, amigos! Desculpem a demora em postar, mas ontem tive um aniversário para ir na casa de um amigo vascaíno e lá, apesar de ter o PFC à disposição, fomos convencidos a ver o penúltimo capítulo de "Avenida Brasil" que, inflado pelos blocos comerciais imensos, demorou quase os 90 minutos jogados no Engenhão.
Finda a exibição da novela, imediatamente trocamos de canal e demos de cara com um 2 a 2, faltando mais ou menos uns 10 minutos para acabar, contando com os acréscimos. Noite estranha... Logo, pintaram na tela dois scouts sobre a partida completamente fora da curva: Posse de Bola (63% para o Botafogo) e Passes Errados (mais de 100). Passando o olho rapidamente em quem estava em campo, me surpreendi com a presença de  Marcelo Mattos. Ótimo reforço, pois achei que só voltaria no ano que vem.
Fiquei na torcida, ainda sem entender o que havia acontecido até ali (qual a ordem dos gols, quem marcou, etc.), mas ainda pude curtir alguma "emoção". Vi um Jefferson "batendo roupa", um Botafogo pressionando até o último minuto quando, mais uma vez, Bruno Mendes fez a diferença. O grito de gol do "trio lá de casa" ecoou no reduto vascaíno. Era a virada!
Chegando em casa, corri para o computador para ver os "Melhores Momentos" e percebi que a minha noite foi realmente ótima. Só vi o lado bom da partida. Os inúmeros erros de passe, de saída de bola e as falhas defensivas certamente iriam me levar à loucura. Melhor mesmo foi curtir o desfecho da novela global e ver só o gol da virada, mais uma vez pelos pés dessa jovem promessa. Pena que é apenas uma peça em exposição...

domingo, 14 de outubro de 2012

Saindo do lugar

Enfim 1 ponto pra tirar o Botafogo dos 40 onde estava estacionado há 4 rodadas. E o empate veio no apagar das luzes do Estádio Olímpico pelos pés de Bruno Mendes, o recém-chegado atacante de 18 anos vindo do Guarani. Um cartão de visita e tanto que - espero! - pode convencer definitivamente o técnico Oswaldo de Oliveira a contar com o atleta para os jogos que restam.
É precoce qualquer análise sobre o garoto, mas num time carente de bons atacantes, esse gol foi um sopro de esperança. Sem esquecer que essa transação envolvendo o jogador tem características específicas que fazem do Botafogo um trampolim para o mercado europeu. Sem pudores, sejamos a vitrine!
Não tem mais porque ficar improvisando ou insistindo com atacantes ineficientes. Para surpresa geral, Rafael Marques foi alçado ao posto de titular e desfilou toda a sua inoperância durante os mais de 90 minutos jogados. Longe da torcida, Oswaldo tentou mais uma vez impor a sua escalação e, novamente, confirmou a má impressão das outras atuações.
O jogo em si foi muito brigado, naquele estilo de futebol sulamericano, e o Botafogo foi valente. Apanhou, bateu e não se intimidou com os mais de 30.000 gremistas no estádio. Um jogo muito igual, com poucas chances e muita transpiração.
O gol do Grêmio veio numa cobrança de falta da intermediária, onde Renan subestimou Léo Gago, talvez por não conhecer ou não lembrar que o volante é muito bom chutador. Montou uma barreira com apenas 3 jogadores e se posicionou mal. Parece que esperava por uma bola alçada na área e foi surpreendido pela forte cobrança. Com a desvantagem, o Botafogo passou a se lançar mais ao ataque mas não tinha qualidade na aproximação. Como de costume, o técnico alvinegro demorou a mexer no time. Seedorf e Elkeson foram os primeiros a entrar, mas não modificou o panorama do jogo. A última cartada veio ao 38 minutos, com Bruno Mendes no lugar de Renato. Não consegui conter a revolta e gritei comigo mesmo: "Pô! O que adianta colocar o cara agora?? O Nosferatu brigou com a bola o tempo todo e o Oswaldo só dá 10 minutos pro garoto mostrar alguma coisa. É brincadeira...". E foi o suficiente!
Renova, Oswaldo!!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

E o sonho acabou...

Salve, amigos! Está a cada dia mais difícil torcer para o Botafogo. O que foi aquele jogo de ontem? Uma tremenda "baba" pro time ganhar moral e nada?
Aproveitando-se de um combalido Santos, mal posicionado em campo, o Botafogo esteve à beira da perfeição. Dominou todas as ações, criou diversas oportunidades, mas - como de costume - não conseguimos balançar as redes. Não sei realmente o que acontece com o Botafogo nessas horas. Incompetência, falta de sorte, maldição,...
Aí vem o segundo tempo, e o Santos - que tem técnico - volta do intervalo com seu problema corrigido. Bastou isso pra superar o Botafogo e chegar aos 2 a 0 com extrema facilidade. Enquanto isso, entrava pela janela os gritos eufóricos dos tricolores a cada gol sobre o Bahia. É sofrido demais assistir jogos assim...
E lá pelos 20 e tantos minutos, quando o nosso treinador resolveu se mexer, eis que "tira da manga" o tal de Rafael Marques. Sinceramente... acho até uma covardia fazer isso com o cara. Bem, daí pra frente não vi mais nada. Como já passava um pouquinho das 21hs, resolvi mudar de canal e acompanhar os capítulos finais de Avenida Brasil, que está muito mais interessante.
Deixei pra ver os resultados finais no impresso de hoje... E eles não mentem: já tem um bocado de coisas definidas. Fluminense já é o campeão. O G4 será composto por Flu, Atlético-MG, Grêmio e São Paulo. O nosso Botafogo vai ficar com uma Sulamericana (mais inchada em 2013) como de costume. E olhe lá! Mistério mesmo, somente pra saber quem serão os rebaixados.
É... Pelo menos ainda dá pra torcer pelo descenso do urubu, mas até isso tá difícil de acontecer.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Sem destino

Apesar da aplicação tática e disposição apresentadas no clássico vovô, não tivemos a competência para transformar o domínio inicial em gols. Não creio que seja só "falta de atacantes de ofício" no elenco. Falta frieza, capricho e - por que não? - sorte. E um efeito negativo dessa situação é a perda de ímpeto, de motivação. Se você começa bem um clássico, abafa, cria as oprtunidades e o gol não sai, acaba por frustrar a equipe e a torcida. Essa mistura é um combustível perigoso, pois a torcida começa a transparecer sua impaciência e os jogadores, na intenção de querer resolver, começam a procurar jogadas mais arriscadas e, normalmente, improdutivas.
Passados os minutos iniciais, o time naturalmente perde esse rendimento, o adversário consegue se ajustar à situação e o jogo equilibra sem que você tenha conseguido a vantagem.
Este jogo contra o Flu vinha sendo colocado como um divisor de águas, um marco que poderia - em caso de vitória - iniciar uma reabilitação em busca da almejada vaga no G4. Particularmente, acho que esse é o tipo de meta que não ajuda muito. Só tem efeito positivo em caso de vitória. Um resultado negativo gera na cabeça do jogador e da torcida uma impressão de que está tudo perdido. Não que eu ainda acredite nessa vaga, mas acho que sem o peso de uma meta frustrada, temos mais leveza para enfrentar os próximos desafios.
Temos que esquecer as projeções e pensar jogo a jogo. O objetivo, desde o início da competição, é conseguir os 3 pontos a cada partida, independente do adversário ou do local. Nem sempre vamos ter sucesso, mas a busca é essa. Ficar projetando que pra não cair tem que fazer mais de 44 pontos, pra entrar no G4 tem que fazer 60 e pra ser campeão, mais de 70, são apenas estatísticas. E elas estão aí pra serem mudadas, pois são apenas resultado de análises históricas. Aí estão, em primeiro plano, Flu e Galo, e logo abaixo o Grêmio, para provar.
Sendo assim, temos 30 pontos em jogo e o time precisa entrar em campo pensando em ganhar os 30, jogo a jogo, 3 de cada vez. Mesmo assim, com 70 pontos, não quer dizer que cheguemos ao objetivo. Afinal, quem está na frente, tem os mesmos 30 pontos pra disputar.
Se daqui ao fim do ano, os pontos conquistados só valerem novamente uma Sulamericana, vamos pra 2013 com esse pensamento. O de conquistar as pequenas batalhas pra vencer a guerra.