sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Vexame

Agora, o cenário está completo! Faltava sofrer a goleada vexaminosa. Não falta mais! Muitos dirão: "ah, 4 a 0 é uma goleada, mas não é vexaminosa... Afinal, é o primeiro placar que caracteriza uma goleada.".
Eu já não acho. Pra mim, diferença de 3 gols já caracteriza uma goleada. Critérios à parte, o que tornou o jogo de ontem uma "goleada vexaminosa" não foi exatamente o placar, mas sim a percepção de que se o São Paulo tivesse feito 7 ou 8 gols, não seria injustiça nenhuma. Enquanto o Jefferson se desdobrava e fazia milagres para a bola não entrar, Rogério Ceni terminou o jogo, dobrou seu uniforme e colocou novamente no armário, de tão limpo que ficou. Ele deve ter feito mais esforço no aquecimento, ainda nos vestiários do Morumbi.
O jogo de ontem foi o ápice da inoperância de um time. Um cenário que só se costuma ver quando há um racha entre técnico e jogadores ou mesmo dentro do elenco. E isso levanta muitas suspeitas...
Muito tem se atribuído à sequência de desfalques que o elenco vem sofrendo, mas fato é que convivemos desde o início do ano com isso (quem não lembra dos seguidos desfalques de Andrezinho, Maicosuel, Fellype Gabriel,...) e o, entra e sai não modificava o jeito de jogar. Tínhamos um padrão e uma visível disposição dos jogadores em fazer acontecer. Isso deu a certeza ao técnico de que seu sistema de jogo não carecia de atacantes de ofício. Bastava o argentino Herrera, que incomodava tanto as zagas adversárias com sua raça, que muitas vezes fazia valer por dois.
Com isso, o Botafogo que possuía uma boa "carteira de atacantes", não viu problema em começar a se desfazer de alguns. Mas a saída do argentino, peça fundamental na engrenagem, evidenciou a dependência do esquema àquela característica específica: a de um jogador que, em termos de espaço ocupado, valia por dois. O professor resolveu bancar seu esquema de jogo e viu em Elkeson - um jogador trombador como Herrera, mas sem cacoete de atacante - o substituto ideal. Não funcionou e nem sei se um dia vai funcionar.
Um outro ponto, que vale o destaque, foi a chegada de Seedorf. Cercado de muita festa e expectativa, o time precisou se adaptar à sua presença. O brilho (e as cifras envolvidas) da nova estrela passou a ofuscar o resto do elenco e, alguns que correspondiam em campo, passaram não se empenhar tanto. A forma coma liderança é exercida pelo holandês dentro (e fora) de campo, passou a incomodar. Nesse mix de mudanças, o time parou de funcionar, o torcedor se afastou e a diretoria, simplesmente, não dá as caras.
Depois de ontem, ficou nítido que há um "algo mais" rolando atrás dos muros de General Severiano do que uma simples falta de zagueiros e atacantes no elenco ou um excesso de contusões. Aliás, com tanto buraco e areia no Engenhão, não se pode esperar outra coisa mesmo.
Pra terminar, em outro jogo mencionei que tive a impressão de ver nos olhos de Seedorf um certo desânimo com o time. Ontem, aquele pedido de substituição dele, deixou a mesma impressão. Fique de olho...

domingo, 26 de agosto de 2012

Low battery

Numa tarde de tempo bom e público razoável, um jogo muito ruim. Não valeu o ingresso!
O primeiro tempo até teve lances em alta velocidade que deram a falsa impressão de que seria um jogo emocionante. Mas a aproximação ao ataque, de ambas as partes, mostrou-se extremamente imprecisa. Muitos erros de passe não deixavam o jogo fluir. Além disso, o Botafogo abusou de saídas de bola em falso, dando seguidos contra ataques ao Flamengo. E o primeiro tempo resumiu-se nesse vai-e-vem improdutivo.
Esperava-se uma segunda etapa um pouco mais franca, em busca de gols que pudessem sustentar uma subida na tabela de classificação, mas o que se viu foi um jogo ainda mais monótono. Muito mais cadenciado, os erros continuavam se repetindo e os jogadores de meio-campo não conseguiam criar situações de perigo.
O Botafogo deixava um espaço muito grande entre seus homens de meio e o solitário Elkeson. E quando a bola chegava nos pés deste, por ali ficava. Reconheço que jogar improvisado de atacante, ainda mais sem ter companhia, deve ser uma tarefa árdua e pouco gratificante pra ele. Mas as poucas vezes que a bola cai em seus pés, é difícil enxergar um pingo de empenho. Invariavelmente, tenta uma jogada mais difícil do que se pede e, quando perde, não corre atrás pra recuperar. Já passou da hora do Oswaldo parar de insistir nessa formação.
Enquanto isso, abrindo um parêntesis no texto, Maicosuel estreia no campeonato italiano marcando o primeiro gol da competição, trajando a camisa alvinegra listrada da Udinese com o número 77 às costas. Esse "double 7" na camisa alvinegra, certamente deve ter um significado especial na escolha do Mago. Algo pra deixar o Botafogo mais próximo. Bacana! Fecho o parêntesis.
E enquanto Oswaldo insiste, o tempo vai passando e os da frente vão se distanciando. E aqueles que esperavam ver aquele time aguerrido do segundo tempo contra o Palmeiras, mais uma vez se decepcionaram.
Agora é aproveitar essa sensação de recomeço que a 19a. rodada nos sugere, virar a página e começar a reescrever nossa trajetória, torcendo para que o tempo e os acontecimentos nos sejam favoráveis.
Que venha o "segundo turno"!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ganhar e não levar

"A ordem dos fatores não altera o produto" é uma das propriedades mais conhecidas da matemática. E como futebol não é matemática, a ordem altera sim. E muito!
O Botafogo até que conseguiu tirar a diferença no placar, mas esbarrou no critério desempate que são os gols fora de casa. Para isso, bastou o Palmeiras se aproveitar de mais um dos muitos vacilos da nossa defesa para garantir a classificação. Fossem esses placares os mesmos, mas invertidos na cronologia, e estaríamos na próxima fase. Teorema: no futebol, a matemática ganha muitas outras variáveis.
Depois de um primeiro tempo "xoxo", onde apresentamos uma cautela demasiada, voltamos do intervalo para o tudo ou nada. Um abafa muito mais na raça do que na tática. E foi só aí que conseguimos complicar a vida do Palmeiras. Mas aí já era tarde, pois eles já tinham feito o gol que complicava mais ainda a nossa vida.
Mesmo assim, fomos buscar e por pouco não conseguimos. Uma demonstração de que, com vontade e coração, é possível brigar por grandes conquistas. Nosso segundo tempo foi de um time aguerrido, disposto a arriscar para sair com a vitória e que, por consequência, acaba dominando o adversário. Isso sim é ter posse de bola. Não é ficar "taticamente arrumadinho" tocando bola de um lado pro outro sem incomodar a defesa adversária e correndo risco de perder a bola e oferecer os contra golpes. Ter posse de bola é utilizar esse tempo para jogar em direção ao gol, tentar jogadas mais agudas, fazer a defesa adversária ficar tonta. E o nosso segundo tempo provou que isso é possível.
A despeito dos desfalques do Palmeiras - que eram muitos! -, a vontade demonstrada pelo time foi devidamente reconhecida pelos poucos torcedores que compareceram ao Engenhão. Estes sim, verdadeiros guerreiros! Compareceram, numa quarta-feira às 22:00, com poucas possibilidades de ver uma classificação e, mesmo depois daquele primeiro tempo, apoiaram o tempo todo e quase foram recompensados por essa árdua tarefa. Os jogadores sentiram isso, mesmo vindo de tão poucas vozes no estádio, e correram por eles. É... Apoiar funciona!
E então? O que estamos esperando??

domingo, 19 de agosto de 2012

Fogo amigo

Diga aí! Do que adianta tanto esforço do meio pra frente, se em todo jogo o Botafogo sempre dá, pelo menos, duas ou três vaciladas na defesa que sempre acabam em gol?? É toda hora atacante cara a cara com Jefferson, que precisa se desdobrar pra evitar verdadeiras goleadas. Não vejo nenhum outro time no campeonato oferecer tantas facilidades ao ataque adversário.
No primeiro gol, apesar da demora no passe de Ronaldinho, Jô aparece sozinho na cara de Jefferson que consegue fazer a defesa, mas não evita o gol no rebote. Não tinha ninguém marcando Jô, nem acompanhando a jogada pra evitar o rebote.
No segundo gol, Ronaldinho corre pela lateral sozinho observado por Jadson que só o acompanha com os olhos. Nesse momento, a bola já está viajando desde o campo do Galo em direção ao dentuço. Mesmo assim, o resto da defesa se mostra incapaz de correr em sua direção. O jogador recebe e apenas rola para a conclusão de Jô.
Num oferecimento da defesa mais "mãezona" do campeonato, o Galo faz os gols que o levaram à merecida vitória e o mantém firme na liderança. Aliás, mais um belo time montado por Cuca (que saudades!).
Mas voltemos às linhas gerais da partida. Nosso primeiro tempo foi animador. Vimos um time jogando de igual para igual com o líder, ocupando espaços importantes no meio e chegando ao ataque com certa regularidade. A falta de atacantes de ofício e de um pouco de capricho nas conclusões, ficamos no quase algumas vezes. Assim como o Galo. Mas foi o Botafogo que abriu o placar, pelos pés de Andrezinho, numa roubada de bola no campo adversário. O empate veio no fim do primeiro tempo, na jogada descrita mais acima.
Na segunda etapa, o diminuimos o ritmo. Talvez por cansaço - o Botafogo parece fazer mais força que os outros para produzir -, talvez porque Cuca tenha reposicionado seu time em campo durante o intervalo. Ou os dois. O fato é que só o Galo jogou e, de tanto dominar e criar, chegou à virada em mais uma falha defensiva.
Elkeson irritava com suas várias tentativas e erros de passe, até que Oswaldo resolveu colocar mais um atacante para ver se melhorava o aproveitamento. Rafael Marques também andou brigando com a bola até que Seedorf, num lançamento primoroso, achou o atacante dentro da área. Com categoria, matou no peito e quando se preparava para a conclusão, foi calçado pelo zagueiro no bico da pequena área. Pênalti, que Andrezinho converteu, passando a somar 7 gols no campeonato.
Um empate, naquela situação, era um bom resultado. Mas o Galo continuou em cima e, num bate rebate pelo lado esquerdo da defesa, Neto Berola conseguiu a infiltração depois de um belo passe de calcanhar, e colocou nas redes. Já eram 43 da etapa final e o Botafogo não encontrou forças para buscar mais um empate. 3 a 2, num bom espetáculo de futebol.
Domingo que vem, Botafogo X Flamengo no Engenhão, finaliza o primeiro turno. Irei até lá dar uma força! Antes disso, na quarta, o jogo da "Missão Impossível" contra o Palmeiras pela Copa Sulamericana. O que vier, se vier, é lucro.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Até que enfim...

Salve, alvinegros! Muita raiva! Muita raiva mesmo até os 22 minutos do segundo tempo...
Foi quando Elkeson, aproveitando uma bola mal rebatida pela defesa, matou no peito, ajeitou o corpo e fuzilou, estufando a rede adversária. A plástica do lance levantou o moral de um time que vinha tentando, sem sucesso, furar a retranca do Sport. Além da marcação adversária, esbarramos severamente nos nossos erros. Passes mal executados, dificuldade no domínio da redonda, nervosismo, ...
Pelo menos, com 1 a 0 no placar, o primeiro obstáculo tendia a ser menos rigoroso, mas em compensação, nossa frágil defesa teria agora que suportar a pressão.
Como esperado, o Sport tentou ensaiar uma reação, aumentando seu volume de jogo, agora não tão preocupado em marcar. O Botafogo encontrou espaços para ampliar, mas a falta de precisão não deixava o time acertar o último passe e as finalizações.
O segundo gol veio, para dar tranquilidade, numa roubada de bola de Seedorf, no campo adversário. O meia avançou com a bola, sem sofrer combate, entrou na área e chutou forte, marcando o tento que coroou sua atuação.
A vitória nos coloca em 6º lugar, a 4 pontos do G4. Domingo, é dia de enfrentar o Galo, líder da competição e velho freguês. É o tipo de jogo que o Glorioso gosta de vencer (e convencer), para surpreender os mais descrentes. A conferir...

*  *  *   N   O   T   A   S   *  *  *
JEFFERSON - Um dos grandes responsáveis pela vitória. Fez duas defesas salvadoras quando o placar ainda estava em branco. Nota 8.
LUCAS - Muita disposição, apoiando constantemente, mas atrapalhou nos cruzamentos e finalizações. Nota 6.
ANTÔNIO CARLOS - Teve muito trabalho e foi envolvido algumas vezes pelo ataque do Sport. Nota 4.
FÁBIO FERREIRA - Esteve melhor que o companheiro de zaga, mas também penou para acompanhar alguns lances. Nota 6.
LIMA - Mostrou, mais uma vez, lucidez com a bola nos pés. Teve dificuldades para infiltrar na retranca adversária. Nota 6.
JADSON - Trabalhou bem na proteção à defesa e na saída de bola. Nota 7.
RENATO - Completamente apagado no jogo. Nota 2RAFAEL MARQUES entrou para melhorar a chegada do time ao ataque e, no primeiro cruzamento que fez, saiu o gol de Elkeson. De resto, apenas tentativas. Nota 5
SEEDORF - Impressiona a diferença técnica para os demais jogadores. Jogou com lucidez e as jogadas sempre passaram pelos seus pés. Fez o gol que selou a paz no Engenhão. Nota 8. Saiu para a entrada de GABRIEL no fim do jogo. Sem nota.
ANDREZINHO - Apesar de participativo, não conseguiu armar jogadas que superassem a retranca do adversário. Nota 6 .
FELLYPE GABRIEL - Saiu machucado com 12 minutos de partida. Sem Nota. CIDINHO que entrou, mas só cresceu no segundo tempo junto com o resto do time. Nota 6.
ELKESON - Enfureceu a torcida com suas tentativas de jogadas de efeito infrutíferas. O gol amenizou as coisas. De bom, o espírito de luta do início ao fim. Nota 5.
OSWALDO DE OLIVEIRA - Seu time fez um primeiro tempo sem graça. Cresceu na volta do intervalo, mas se ressente de jogadas mais produtivas no ataque. Na parte defensiva, o posicionamento continua falho. Nota 5.




domingo, 12 de agosto de 2012

Uáááá... ZZZZZZZ

Nooooossa! Que jogo chato. Difícil acompanhar sem se distrair, sem dar uma piscadela mais longa, sem resistir ao cochilo. Lamentável... O reusltado não pedia ser outro que não o empate. Pior, só se ficasse no 0 a 0.
Oswaldo resolveu surpreender e mudar mais uma vez a formação da equipe. Entrou com Amaral como "cão-de-guarda" e os 3 meias que vinham jogando antes da chegada do Seedorf. O holandês, por sua vez, compôs o banco de reservas na companhia de Lodeiro, deixando a esperada formação para a segunda etapa.
Na formação do primeiro tempo, o Botafogo conseguiu algumas boas infiltrações que, como de costume, não foram aproveitadas. Os gols vieram de cabeçadas após cobranças de escanteio. fomos para o intervalo com o 1 a 1 no placar. E o segundo tempo prometia...
Na volta, Vitor Jr. cedeu o lugar para a estreia de Lodeiro. O uruguaio entrou em campo e andou se atrapalhando. Ok, normal pra quem está chegando. Daqui a pouco se solta...
Mas o time não ajudou muito. O jogo não fluia e o estreante, que teve uma ótima chance de marcar em um chute da marca do pênalti, não conseguiu modificar o panorama. A esperança agora, passava a ser a entrada de Seedorf para dar um pouco mais de qualidade. Demorou, mas a substituição enfim aconteceu. O jogo continuou chato, mas Seedorf ainda conseguiu colocar Elkesou em boas condições de finalizar. Mais uma pra fora...
Entre um bocejo e outro, pude constatar os dois grandes problemas de hoje: Renato - apagadíssimo! -  e a falta de jogada pelas laterais. Com as jogadas todas centralizadas, ficou fácil para a Lusa anular as nossas jogadas.
Bem... Resumindo a impressão, que acredito ser de muitos de nós, parece que nosso comandante anda perdido. Com seu esquema inoperante, não consegue ter um time definido. E ser definir um time, não consegue fazer seu esquema funcionar. E o mais preocupante: hoje, ao fim do jogo, vi, pela primeira vez, a impaciência nos olhos do nosso craque.
Que soprem novos e bons ventos...

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Quem não faz...

Enfim, o Botafogo fez uma bela apresentação, mas o resultado foi uma "Porcaria". Deu "Porco", de novo. E enquanto Barcos vai marcando, nosso barco vai afundando.
O Palmeiras veio ao Rio jogar como time pequeno, no melhor estilo Felipão. E como o Botafogo não consegue superar as retrancas desses times, o time paulista foi feliz e aproveitou suas poucas chances, obtidas nas constantes falhas do nosso sistema defensivo. 2 a 1 e mais uma derrota em casa.
E por falar "em casa", que gramado é aquele?? Fiquei com vergonha pelo Botafogo... Nem nos dias seguintes aos shows de Paul McCartney, Justin Bieber e Roger Waters, o gramado se apresentava tão ruim. Não parece ser só excesso de jogos...
Comecei o texto falando em "bela apresentação". Não foi ironia. Achei mesmo uma bela apresentação, pois mesmo com o time um pouco "torto" em campo (só jogávamos pela esquerda), dominamos completamente o jogo - o tempo todo - e criamos diversas oportunidades de gol. O que faltou foi empurrar a bola pra dentro. É nisso que estamos pecando.
A defesa é outro capítulo. Fico impressionado com a fragilidade e os vacilos cometidos por jogadores experientes. Não tem garoto ali... Aliás, o único que tem (Jadson), joga como gente grande.
De qualquer forma, um time não cria chances de marcar tem que se preocupar em defender. Não é o nosso caso. Temos criado muito e marcado poucos gols (ou quase nada). Não me importo de a defesa tomar 2, 3 gols. Se fizermos 4, 5 fica de bom tamanho. É claro que a busca é sempre pelo equilíbrio: defesa sólida e ataque competente, mas conciliar isso é realmente complexo. Então temos que optar. Vamos ser ofensivos? Então a defesa tem que fazer o "feijão com arroz" e não compromenter. Senão, é fazer como o Palmeiras ontem: retranca e contra-ataque.
Destaques positivos: Márcio Azevedo (até se machucar), Jadson, Seedorf e Elkeson. Os negativos: Lennon, a dupla de zaga e Renato.
Destaque da rodada: Loco Abreu, pelo Figueira, no fim do jogo contra o Flamengo, beijando o escudo do Fogão em frente a torcida do Fla que pegava no seu pé.

sábado, 4 de agosto de 2012

Matando o Dragão

Depois de um primeiro tempo muito ruim, Oswaldo resolveu voltar ao esquema tático original - com 3 meias - e o Botafogo, incorporando um São Jorge, liquidou de virada o Dragão em seus domínios. Aliás, apesar de ser a casa do Atlético-GO, a maior torcida era alvinegra, engordada pelos botafoguenses de Brasília, um dos grandes redutos alvinegros no país.
No primeiro tempo, o adversário dominou e teve chances de ir para o intervalo com o jogo resolvido. Do nosso lado, mais uma vez Oswaldo insistiu com Rafael Marques, que teve sua melhor jogada evitando um gol certo do Atlético. Mesmo com boas oportunidades criadas, o Dragão chegou ao seu gol num pênalti, na minha opinião, inexistente. Muito mal batido pelo goleiro-artilheiro Márcio, Jefferson por pouco não fez a defesa. Mas o placar era justo até então.
Na volta para o segundo tempo, Fellype Gabriel substituiu Rafael Marques e o time ganhou mais consistência no meio-campo. Com o domínio territorial, o Botafogo passou a jogar mais próximo à area adversária e, de tanto insistir, chegou ao empate com um golaço de falta de Seedorf, o primeiro do holandês com a camisa alvinegra.
O gol histórico incentivou ainda mais o time a buscar a virada, que chegou com um gol pra lá de sofrido. Fellype Gabriel, depois de um bate-rebate, precisou cabecear duas vezes para marcar.
Com 2 a 1 no placar, o time desacelerou perigosamente e passou a ser pressionado pelo time da casa. De forma desordenada, o Dragão não conseguiu ser efetivo. Mesmo assim, uma bobeada no último minuto, com Fábio Ferreira cometendo uma falta na entrada da área, deu ares de suspense ao fim do jogo. Felizmente, não passou de um susto. 2 a 1 e mais três pontos, nos aproximando, passo a passo, do G4. Não foi uma bela atuação. Apenas o suficiente para garantir a vitória. Muito ainda precisa ser feito.
Próximo compromisso, Palmeiras no meio da semana, agora pelo Brasileirão. Todos ao Engenhão!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Missão Impossível

Palmeiras 2 a 0. Um resultado normal para um clássico nacional jogado nos domínios do adversário. Analisando apenas o resultado, não há espanto. Mas é fato que o palmeiras, apesar do título da Copa do Brasil, não é lá essa Brastemp toda.
Considero uma missão dificílima reverter o resultado no próximo dia 22 aqui no Engenhão. Por vários motivos. O primeiro deles é que falta poder de fogo ao nosso time. Até conseguimos, com alguma dificuldade, criar as situações de gol, mas nossos atletas não conseguem colocar na rede. Com raras exceções (caso do Andrezinho), os caras simplesmente fecham os olhos e chutam pro gol em duas opções de direção: pra fora ou em cima do goleiro. Muito pouco pra quem se dedica apenas a essa profissão.
Pra piorar, nossa defesa tem sido um desastre e não consigo imaginar que o Palmeiras deixe de marcar no jogo de volta, o que praticamente fecharia o nosso caixão, pois precisaríamos, no mínimo, de 4 gols para passar de fase. Adicione-se a isso o fato de o adversário ser treinado por um especialista em mata-mata e a nossa necessidade de fazer o resultado. É... pensando bem, já era.
O Botafogo fez um bom primeiro tempo, teve oportunidades de liquidar a partida, mas foi pro intervalo em branco. Na volta, deu branco no time. Bastou o Palmeiras acelerar um pouquinho e lá estava nossos defensores batendo cabeça para tentar marcar o argentino Barcos, que com muita categoria, fez os dois gols do jogo.
Com time misto(2011) ou não(2012), um mesmo desastre. Definitivamente, não somos um time de decisões.
Voltemos o foco pro Brasileirão, na torcida para que nenhum brasileiro conquiste a Sulamericana. E, Oswaldo! Pode preparar o mistão pro jogo de volta.