domingo, 27 de maio de 2012

Caminho das pedras

Salve, amigos! Mais uma boa atuação do Fogão, agora fora de casa. Mas não era qualquer casa não. Na transmissão da Globo, o scout mostrou que o técnico Marcelo de Oliveira tem mais de 88% de aproveitamento à frente do Coritiba em seus domínios. Ou seja, era pedreira pura!
O jogo começou logo com um gol do Coxa, antes do cronômetro chegar aos 30 segundos, numa bola desviada na zaga, enganando o goleiro Renan. 0 a 1 e a certeza de que as coisas seriam realmente muito complicadas. Mas cá entre nós: é melhor levar um gol LOGO aos 30 segundos de jogo, do que levar FALTANDO 30 segundos pro final. Há tempo de reação. E foi o que aconteceu...
Logo depois de um lance muito bonito do meia Lincoln, que quase fez o segundo de letra por cobertura, o Botafogo tomou conta do primeiro tempo, adiantando a marcação e virando o placar com um gol de Lucas - que já tinha chutado uma bola do travessão - e outro de Vítor Jr. em ótima jogada de Márcio Azevedo.
No segundo tempo, o Coritiba conseguiu se reposicionar em campo e criou dificuldades para o Botafogo que, apesar da perda de domínio, conseguia suportar a pressão. Num lance de bola parada, veio o empate, mas o alvinegro não se abateu. Aos poucos, foi reequilibrando as açoes no meio campo e voltou a criar lances de ataque. Num deles, Lucas fez mais um, que garantiria os 3 pontos ao fim da partida. Tocando com inteligência e procurando reter a bola longe de sua área, o Botafogo ainda teve outras duas chances claras de liquidar o jogo. Mas como tem que ser sofrido, aguentamos até o fim da peleja que teve 5 longos minutos de acréscimo. Mas chegamos lá! 3 a 2 e mais um dos 38 jogos decisivos do Brasileirão conquistado. É assim, Fogão! Um passo de cada vez...


*  *  *   N   O   T   A   S   *  *  *
RENAN - Sempre atento, fez uma partida segura e não teve culpa nos gols. Evitou o que seria um golaço do meia Lincoln. Nota 7.
LUCAS - Muita disposição na marcação e no apoio. Fez ótimas jogadas pela direita, mandou uma bola no travessão e fez dois gols.  Nota 9.
BRINNER - Foi envolvido em alguns lances, mas jogou com seriedade e deu conta do recado. Nota 6.
DÓRIA - Mesmo sem entrosamento, jogou com simplicidade e conseguiu superar momentos difíceis. No primeiro gol do adversário, a bola desviou nele em lance completamente involuntário. Nota 6.
MÁRCIO AZEVEDO - Um dos pontos altos da equipe. Joga com uma vontade impressionante e tem conseguido aliar marcação e apoio. Grande jogada no segundo gol alvinegro. Nota 8.
JADSON - Vinha bem na partida, mas um cartão amarelo no início do jogo, fez com que o técnico promovesse a sua substituição no intervalo. Nota 6. LUCAS ZEN entrou e manteve o equilíbrio no setor. Nota 7.
RENATO - Se desdobrou em campo e esteve presente en quase todas as jogadas no meio. Nota 8.
MAICOSUEL - Se entendeu bem com Vítor Jr. no meio e foi muito aplicado taticamente. Nota 7. Contundido, deu lugar a ELKESON que entrou um pouco lento, mas não complicou. Teve a chance de matar o jogo em jogada individual. Nota 6.
VÍTOR JR. - Dotado de muita técnica e espírito de luta, vem empolgando com um futebol objetivo e solidário. Nota 8 .
FELLYPE GABRIEL - Como de costume, deu equilíbrio ao meio de campo, participando bem tanto das jogadas de ataque como no primeiro combate. Nota 7. Cansado, deu lugar a CIDINHO que entrou no fim  para manter o fôlego da equipe. Sem nota.
HERRERA - Não fez gols, mas foi muito participativo. Entendeu-se bem com Lucas em jogadas pela direita. Em duas inversões, colocou Lucas em condições de marcar. Nota 7.
OSWALDO DE OLIVEIRA - Sua equipe, apesar de desfalcada e jovem, mostrou muito equilíbrio e coragem no Couto Pereira. Não se abateu com o gol e foi buscar o resultado, sendo premiado ao final. Nota 8.


domingo, 20 de maio de 2012

Em ritmo de Tango

Foi dada a largada para o campeonato de futebol mais difícil do planeta! E o primeiro passo alvinegro foi dado com o pé direito. Aliás, não só com ele, mas também com a cabeça e o pé esquerdo. Assim foram os 4 gols do Botafogo hoje num Engenhão vazio, diante do bem organizado time do São Paulo.
O primeiro tempo foi morno, com muita posse de bola no meio-campo e algumas chegadas tímidas ao ataque por parte dos dois times. O São Paulo abriu vantagem e o Botafogo rodava, rodava e não conseguia infiltrar na defesa adversária. E dessa forma, fomos - time e torcida - pro intervalo sem muita empolgação.
Voltamos com Herrera no lugar de Loco Abreu que, já de banho tomado e roupa trocada, se acomodava com seu chimarrão no banco de reservas para assistir à virada. A substituição era, no mínimo, promessa de mais espírito de luta no ataque. E o Botafogo voltou melhor...
O argentino, de cabeça - no melhor estilo Loco -, fez o gol de empate e o Glorioso empurrava o São Paulo para o seu campo. O time paulista tinha desafogo na correria do incansável Lucas e começou a levar perigo nas jogadas aéreas. A defesa perdia quase todas pelo alto e Jefferson, sempre ele, operava milagres. De tanto insistir o São Paulo, conseguiu desempatar. Dessa vez, o Botafogo não se abalou. O espírito de luta de Herrera continuou contagiando a equipe que chegou novamente ao empate num pênalti sofrido, muito bem batido e convertido pelo argentino.
Com muito mais volume de jogo, o alvinegro virou o jogo numa falta cobrada pelo estreante Vítor Jr. que desviou na barreira e tirou o goleiro do lance. Jogando com inteligência e marcando no campo do adversário, o Botafogo fechou o placar pelos pés de Herrera, aproveitando uma roubada de bola de Fellype Gabriel na saída de bola sãopaulina. Sem correr riscos, o time administrou o resultado até o fim do jogo garantindo os - sempre importantes - 3 pontos.
Então preparem-se! Será que hoje tem tango no Fantástico?? Pede aí, Herrera!


*  *  *   N   O   T   A   S   *  *  *
JEFFERSON - Um dos grandes responsáveis pela vitória. Fez defesas milagrosas em momentos cruciais da partida. Nota 8.
LUCAS - Fez uma partida correta, tanto na marcação quanto no apoio. Deixou a desejar nos cruzamentos. Nota 7.
BRINNER - Procurou não complicar, jogando com simplicidade. Teve muito trabalho com o ataque tricolor e cometeu algumas falhas de posicionamento, principalmente no jogo aéreo. Nota 6.
FÁBIO FERREIRA - Mais contido no look, esteve melhor que o companheiro de zaga. Nota 7.
MÁRCIO AZEVEDO - Com o nome do Mestre na camisa, procurou honrar o manto. Jogou sempre com muita dedicação e fez boas jogadas pelo setor esquerdo, apesar do duelo com Douglas e Lucas. Nota 8.
JADSON - Dessa vez não atuou como elemento surpresa. Limitou-se ao combate. Nota 6.
RENATO - Bem no primeiro combate e bastante participativo na construção das jogadas. Nota 7.
MAICOSUEL - Compôs bem o meio-campo, tocando com rapidez e auxiliando Lucas pela direita. Nota 6.
VÍTOR JR. - Um belo cartão de visitas. Veloz, boa técnica e raça. Com muita personalidade, buscou sempre as jogadas em direção ao gol. Deixou o seu, de falta. Nota 8 . Saiu para a entrada de GABRIEL no fim do jogo. Sem nota.
FELLYPE GABRIEL - Errou passes no primeiro tempo, mas depois foi importante, taticamente, na reação alvinegra. Nota 7. Cansado, deu lugar a LUCAS ZEN que entrou, com o placar definido, para renovar o fôlego do meio-campo. Sem nota.
LOCO ABREU - Como a bola não chegou ao seu feitio no primeiro tempo, foi peça nula. Nota 3. Deu lugar a HERRERA que contagiou a equipe e esteve certeiro nas finalizações. Nota 9.
OSWALDO DE OLIVEIRA - O time jogou com a bola no chão o tempo todo, sem apelar para os chutões. Conseguiu mudar a equipe para o segundo tempo, mexeu sempre com correção e nos momentos certos. Acabou expulso, num lance confuso, por reclamação. Nota 7.


sábado, 19 de maio de 2012

Desabafo

Muito se noticiou essa semana sobre o destino do problemático Jóbson. O jogador, que vem derrapando constantemente pelas curvas da vida, apesar de ter à sua disposição uma estrada pouco sinuosa, bem pavimentada e larga, insiste em jogar fora todas as chances que lhe são dadas. E não foram poucas...
Depois de um início de temporada promissor, onde o atleta, esperando o final de sua parca suspensão, mostrou aplicação nos treinamentos e uma alegria que parecia querer dizer: "Agora sim! Vamos começar pra valer.", passou por um período de readaptação, entrando aos poucos na equipe e esbanjando vontade, apesar da falta de ritmo. De repente, a tempestade!
Noticiou-se que Jóbson desacatara o fisiologista, contestando sua orientação. Multa, afastamento, reuniões, pedidos de desculpas e reintegração. De repente, uma repentina e inexplicável lesão, o mantém afastado dos treinamentos e dos jogos finais do Estadual e das oitavas da Copa do Brasil.
Finalizado o semestre, Jóbson volta ao noticiário que relata ausências e novas reuniões com o atleta, que é perdoado mais uma vez, mas não viaja a Saquarema para a preparação. Agora, em vias de começar o Brasileirão, é dada como quase certa a sua saída. Grêmio Barueri e Náutico se apresentaram para ter o jogador, com mais chances para o time pernambucano. Jóbson declara, como das outras vezes, que quer ficar. Tem algo muito errado nessa história toda... Afinal, preparar e aturar o cara até aqui pra vê-lo jogar o Brasileiro por outro clube, definitivamente, não é a decisão mais inteligente.
Acho que o Jóbson, incontestável com a bola nos pés, é o típico jogador burro. Desculpem falar dessa forma, mas só um jogador burro consegue morder todas as mãos que lhe são oferecidas. Doente? Acho que não... Pra fazer o que gosta, não arruma nenhuma confusão. É falta de profissionalismo, de vergonha na cara mesmo.
Do outro lado, acho que o Botafogo conduz muito mal essa situação toda. Esse vai-e-vem, essa falta de definição, acaba não resolvendo. Ok, há uma questão financeira envolvida. O clube, e provavelmente alguns investidores, bancaram a sua vinda. Logo, o clube não pode desvalorizar o atleta, pelo risco de "morrer com o mico nas mãos". À frente das negociações, ninguém menos que o "imexível" Anderson Barros. A relação dele com os jogadores está pra lá de desgastada e sua credibilidade junto a torcida não preciso nem falar. Será que depois de tantos insucessos, temporada após temporada, trocando de treinador, de jogador, de fornecedor, etc. ninguém desconfie que precisa mexer na cúpula do futebol? Pra dar satisfação à imprensa (porque pra torcida, há muito eles já não estão nem aí!), criam mais um cargo entre o tal gerente e o grupo. É... Deve estar sobrando dinheiro mesmo.
Parem de inventar! O caminho é um só: troca de gerente e coloca o cara pra jogar! No fim das contas, acho que é a única coisa que interessa pra ele (e pra nós também). No dia-a-dia é: treinou, ótimo. Faltou o treino, desconta no salário, mete multa e no dia seguinte, treina em dobro. Mas tem que botar em campo. Senão é dinheiro jogado no ralo. Chegou no final da temporada, não se enquadrou, coloca à venda. Vida que segue.
Tenho certeza que seriam todos mais felizes dessa forma. Clube, jogador e torcida.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ao mestre com carinho

Esse comentário, do nosso amigo "Lago6", vale virar post. Um texto inspiradíssimo que emociona até o mais cético dos torcedores. Então, aí está...

Lago10 hoje Lago616 de maio de 2012 19:31

Não podia deixar passar o dia em branco Daniel.
Grande mestre, um homem simples, que ensinou uma geraçao a ser Botafoguense, daquele tipo de botafoguense que nao se conforma com o que ve atualmente.
Um Botafoguense acostumado não a títulos, que estes nunca foram muito afeitos a nós, mas sim a ver futebol de uma maneira diferente, com requinte, fidalguia com classe.
Quem viu jogar Gerson, Jairzinho, Paulo Cesar, Carlos Roberto, Roberto, Rogério, Afonsinho tem mesmo que ter um outro nível de exigencia.
Alguns viram mais, viram Zagalo, Didi, Amarildo, Garrincha e ele, o maior de todos. Por este motivo os outros não entendem o botafoguense.
Quem ensinou esta geração foi ele, um homem dedicado, que amou tanto o Botafogo que assinou seus contratos em branco, um home que foi mais que jogador, um simbolo. Ensinou os laterais a serem alas e eles vieram a aprender quase 50 anos após seus ensinamentos se tornarem brilho nos gramados.
Ele, eternizado em bronze, para quem qualquer homenagem feita por este Clube, ainda e para sempre Glorioso e em muito por conta dele, será pouca.
Ele que, combalido pelo tempo certamente não entenderá as justas homenagens que lhe farão, ele que um dia foi chamado de Enciclopédia e que eu digo sempre, é o único esportista que eu desejaria apertar a mão, faz hoje 87 anos.
Parabéns NILTON SANTOS. Para sempre serás!

domingo, 13 de maio de 2012

A verdadeira conquista

Em primeiro lugar, parabenizo o Fluminense pelo título carioca de 2012. Um time que até aqui na temporada foi tão ou mais oscilante como o nosso alvinegro, mas que soube jogar bem e vencer na hora certa. Sorte? Não. Certamente não. Tudo isso teve início na incrível façanha de 2009, quando o tricolor deu um exemplo de superação e conseguiu escapar do descenso, sob o comando do técnico Cuca e participação de jogadores que ainda se mantém no elenco. O ato heróico fez com que o Flu ficasse conhecido como "Time de Guerreiros" e criasse uma energia que o time usa muito bem em momentos decisivos.
E por que estou falando tudo isso? Teria eu virado a casaca?? Nunca! Toquei no assunto apenas para embasar meu texto sobre o jogo de hoje, sobre a oportunidade que tivemos de fazer algo histórico. Mais do que um título estadual, reverter tal desvantagem seria um feito que possibilitaria criar uma aura de confiança que pudesse ser usada como combustível no futuro. Infelizmente, há tempos, carregamos uma energia inversa. Somos um time estigmatizado por fraquejar nos momentos decisivos e a oportunidade de fazer história hoje era muito mais importante que o título. Não foi dessa vez...
E como pudemos ver, pelos poucos torcedores que foram ao Engenhão, pelos comentários positivos, pelas camisas que desfilaram nas ruas durante a semana, pelas bandeiras na varanda (a minha continuará lá!), a fé do torcedor não muda. Por mais que todos tivessem certeza da impossibilidade da conquista, bem lá no fundo, uma chama pequenininha teimava em ficar acesa. A mesma chama que nunca se apagará no coração do torcedor alvinegro. É por ti... Só por ti, Fogão!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Fim da Linha

E o fim do semestre foi antecipado pro início de maio. Cá estamos nós, apenas esperando o Brasileirão começar. Com apenas mais um jogo para cumprir tabela, é novamente a hora de juntar os cacos, zerar o cronômetro e recomeçar.
O jogo de ontem mostrou, mais uma vez, que o Botafogo não lida bem com os fracassos. Definitivamente, não consegue usar um mau episódio como combustível para o que vem depois. A goleada sofrida no domingo ainda ontem era sentida pelos jogadores no Engenhão. Time apático, sem vida, sem confiança.
Pra piorar, a história da expulsão de Lucas se repetiu, dessa vez numa atitude impensada para evitar um gol. Compreensível até, apesar de achar que o jogador tem que estar com a regra no sangue. Ele escolheu trocar o gol (ainda na metade do jogo), por um pênalti e a sua expulsão. Na parte do pênalti até deu certo, mas o que veio depois...
O time baiano voltou pro segundo tempo com tudo, como era previsto. E o Botafogo, que ainda com vantagem no placar tinha que voltar com uma retranca ferrenha, não o fez. Oswaldo de Oliveira teve o intervalo todo pra pensar na estratégia e mexeu mal. Colocou Gabriel pra fazer a lateral e tirou Felipe Menezes. Resultado, ficou com dois a menos. Além de perder o meio campo, manteve um Loco inerte na frente. Deu espaços, abusou dos chutões e nisso tomou a virada. Quando veio a expulsão do jogador do Vitória, aos 30 minutos, o Botafogo ensaiou uma reação, mas não teve forças. Resumo do jogo: o Vitória aproveitou a vantagem numérica. O Botafogo não. 2 a 1 e mais um ano na fila.
Começa aqui a caminhada, ainda mais complicada, do Brasileirão 2012. Aproveitemos, então, o jogo-treino de entrega das faixas como parte do treinamento. O São Paulo nos espera na primeira rodada.

domingo, 6 de maio de 2012

Fim de papo

Caiu o último invicto... E caiu feio! Se esborrachou de cara sem direito a mão na frente. A sequência que se iniciou diante do Fluminense na última rodada do Brasileirão 2011, foi finalizada hoje, coincidentemente, pelo mesmo adversário.
Sabe aquela sensação de estar montando uma pirâmide de cartas de baralho e, quando vai colocar a última carta, alguém abre a janela, bate um vento e babau? Pois é... Como sofre o torcedor alvinegro. Começa desconfiado, pessimista, resistindo aos bons resultados, censurando sua euforia e, depois de muito esforço, quando começa a ser convencido de que o time engrenou, vem uma locomotiva do nada e te atropela.
Diante de tantos jogos decisivos, deixei de ir ao estádio hoje já que, a menos que ocorra uma tragédia, a definição é no segundo jogo. Mas a tragédia aconteceu. E pro nosso lado...
Aparecerão sempre aqueles que irão dizer que ainda dá, que não pode jogar a toalha, que se o outro time goleou, também pode ser goleado, enfim, essas baboseiras. O fato é que já perdemos a decisão. Uma coisa é você golear. Outra coisa é você PRECISAR golear.
Goleadas em jogos decisivos são dificílimas de acontecer e, normalmente, são acompanhadas por algum fato imprevisto e determinante. O de hoje foi a expulsão do lateral Lucas (que nem foi tão imprevista assim), associado ao descuido da defesa logo após sua expulsão. Não acho justo fazê-lo de bode-expiatório, pois é um jogador que se doa e joga com disposição, mas que hoje foi de uma ingenuidade de fazer inveja a um recém-nascido. E antes de poder assimilar a perda, o Fluminense desempatou.
Esse gol colocou o Botafogo numa encruzilhada: ir em busca do empate ou segurar uma desvantagem mínima? Se o jogo estivesse empatado, não tenho dúvidas que seríamos mais cautelosos. Adotaríamos a tradicional formação das duas linhas de quatro e tentaríamos suportar a pressão. Nem sei qual a estratégia seguimos, pois o Fluminense cresceu ainda mais na partida e não demorou a fazer o terceiro. Essa desvantagem passou a ser um incômodo e tentamos ir em busca de um gol para voltar à situação da diferença mínima. O tricolor, com inteligência, aproveitou os espaços e fechou o caixão. 4 a 1.
Numa tarde em que faltou inspiração ao alvinegro, vimos uma provável conquista regional escapar com uma semana de antecedência. O semestre se resume agora à Copa do Brasil, mas com um peso extra inesperado... Haja coração!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Sem Vitória

Cheguei! Atrasado como em todas as quintas-feiras pós-jogo. Já li todos os comentários de vocês sobre o confronto de ontem e é isso aí. Bom jogo (e resultado) para um time que jogou sem 5 titulares. O espírito foi mantido, apesar dos desfalques, o que sugere que o Oswaldo está conseguindo incutir seu método na cabeça de todos (ou quase todos).
O que talvez mais tenha me alegrado é que dos 18 relacionados, 8 são oriundos da base alvinegra e a maioria recentemente promovidos. Sem contar com outros que não estiveram por lá, mas que sabemos do valor, caso de Lucas Zen e Cidinho. Parece que o Botafogo hoje tem nas mãos, uma boa safra de jogadores que podem vir a formar um time titular competitivo daqui a alguns anos. Basta que sejam, bem trabalhados e possam conviver com outros mais experientes durante seu amadurecimento.
Os pontos negativos de ontem foram: a atuação do Antônio Carlos, um certo individualismo de Elkeson e Felipe Menezes e a inexplicável ausência de Jobson (ai, ai... será?). À propósito, acho que ontem o Oswaldo demorou a mexer no time, talvez preocupado pela inexperiência do seu banco. Gostaria de ter visto o meia Jeferson em campo, mas fica pra uma próxima vez.
Voltamos a respirar os ares do Estadual, agora na decisão. Creio que ainda teremos desfalques importantes e, talvez, um time fisicamente um  pouco debilitado, mas agora é um daqueles momento de superação, de quero mais. Vamos para o nosso próximo passo... com tudo!